Parte importante da sua produção literária ficou marcada pelas referências e descrições do dia-a-da da Azinhaga, incluindo escritos antológicos como “Azinhaga, livro de horas”, que estabeleceu em grande medida a visão que hoje se tem do que era a aldeia em décadas recuadas do século XX.
O presidente da Câmara, Rui Medinas, disse que o escritor “preenche na plenitude os requisitos” para a atribuição de nomes a locais, um processo que foi, como depois frisou Lurdes Marques, a directora do Agrupamento de Escolas de Golegã, Azinhaga e Pombalinho, pacífico e muito rápido. A directora enalteceu que “o bairrismo da Azinhaga sente-se” e que “a partir de agora todos temos a tarefa de ir conhecer [a obra de] Souto Barreiros, na escola e em casa”.
A Casa da Comédia disse os poemas “A Feira” e “O Inverno” e à tarde apresentou um excerto do êxito regional “Sol das Lezírias”, peça encenada sobre a obra com o mesmo nome escrita por Souto Barreiros, que foi também um dos fundadores do Rancho Folclórico “Os Campinos”, organizou o grupo cénico onde encenou pela primeira vez algumas das suas peças, impulsionou as “Noites Ribatejanas”, entre outras iniciativas na Azinhaga.
Vítor Guia também falou à população, para evocar o episódio em que José Saramago, na sua visita a Azinhaga, confessou a perda de ligação à terra onde nasceu. Pelo contrário, disse o presidente da Junta, Souto Barreiros, que em determinada altura da sua vida também foi viver para fora (Oeiras), manteve sempre a ligação à sua aldeia: “quando o rancho foi relançado, vinha cá todas as semanas”, lembrou e concluiu: “ajudou a construir a nossa identidade”.
In - Jornal o Riachense
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