Proteção Civil alerta para risco de cheias na bacia do Tejo


Autoridades recomendam retirada de bens materiais e animais das áreas inundáveis. Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo foi accionado em nível de alerta amarelo. 


Em comunicado, a Autoridade Nacional de Proteção Civil refere que está a ser dedicada especial atenção "às bacias do Tejo, Vouga (Águeda) e Douro (Tâmega), assim como todas as dos restantes afluentes a norte do Tejo".

Em comunicado, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém adianta que a chuva que se tem sentido em Portugal e em Espanha "gerou um aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo especialmente nos provenientes de Espanha".



"Mantendo-se a situação atual, prevê-se que que os caudais lançados no Rio Tejo possam atingir os 2000m3/s em Almourol, ao longo do dia de hoje", refere o comunicado.

Desde as 23 horas de sexta-feira que os caudais estão acima dos 1500m3 constituindo-se como "fator de risco muito significativo no galgamento das margens do Rio Tejo, tendo-se verificado hoje pelas 7 horas o maior caudal lançado pelo conjunto das barragens com influência no Rio Tejo com 2297m3/s", salienta a Proteção Civil.

"Perante os dados verificados e as consequências previsíveis", a Comissão Distrital de Proteção Civil decidiu ativar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo no seu nível amarelo.

Para as próximas horas, as previsões apontam que devem ficar submersas, a Estrada Municipal que liga Ribeira de Santarém a Vale de Figueira, a EN 365 em Palhais/Ribeira de Santarém e o parque de estacionamento da Ribeira de Santarém estando já submersa a a Estrada Nacional 365 em Ponte do Alviela, estrada dos Lázaros e a CM 30 (Rabo dos Cágados) em Azinhaga.

Perante esta situação, o Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém aconselha a população das zonas ribeirinhas do distrito a tomar medidas de precaução.


Entre as medidas enunciadas em comunicado, a Proteção Civil aconselha a retirar das zonas adjacentes, "normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens", assim como a "colocar os animais em locais seguros", retirando os rebanhos que se encontram nas zonas de risco. 

Além disso, refere também que as estradas ou zonas alagadas não devem ser atravessadas, quer com viaturas, quer a pé.

Diogo Narciso

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